Balcão das Federações

Os novos requisitos de treinadores de actividades físicas e desportivas motiva vivo debate no regresso das Tertúlias da Confederação

Fev 25, 2010 | Institucional

Foi um debate vivo e frontal aquele que marcou o regresso das Tertúlias da Confederação, com uma sessão subordinada ao tema”Orientação e Condução das Actividades Físicas e Desportivas: que Problemas com a Nova Legislação?”, que decorreu na Reitoria da Universidade de Lisboa, Cidade Universitária, promovida pela CDP.
Os novos requisitos para os directores técnicos e treinadores que
prescrevem actividade física e desportiva em espaços como os ginásios e
os clubes de saúde foram abordados por José Manuel Chabert, jurista e
membro do Gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto,
e Manuel Boa de Jesus, licenciado em Educação Física e presidente da
Federação de Ginástica de Portugal.José Manuel Chabert explicou que os treinadores de espaços desportivos e de saúde terão de ter obrigatoriamente um dos três tipos de formação: licenciatura num curso de Educação Física ou Desporto; a experiência do exercício da actividade, a que será necessário associar, nos próximos dois anos, um grau de formação do sistema nacional de qualificações; ou um grau de treinador obtido através de uma federação com utilidade pública desportiva, mas só para casos específicos, como por exemplo o de um ginásio com aulas de judo.

Esta argumentação foi contestada por vários representantes de ginásios, entre eles o presidente da AGAP, José Luís Costa, e de empresas de formação desportiva, que perguntaram o que fazer com os técnicos entretanto formados, depois da entrada em vigor da nova legislação (Outubro do ano passado). Outra crítica incidiu sobre a quase inexistência dos cursos de formação de acordo com o sistema nacional de qualificações.

Manuel Boa de Jesus também fez referência a estas situações e criticou a exigência de licenciados nos cursos de Educação Física ou Desporto, dada a grande variedade de cursos com esta designação, muitos dos quais com currículos que não garantem os requisitos para prescrever a orientação e condução de actividades físicas e desportivas.

O presidente da Federação de Ginástica de Portugal precisou ainda que a sua federação não abdica de enquadrar o “fitness”, quer no plano da competição quer no plano do desporto para todos. Foi uma resposta à posição assumida por José Manuel Chabert de que a formação de técnicos pelas federações com utilidade pública desportiva só é reconhecida pelo Estado no âmbito das modalidades que tenham sido objecto do reconhecimento da utilidade pública da respectiva federação.

Veja aqui as fotografias da sessão

Outras Notícias

Cimeira de Presidentes vai discutir modelo de financiamento do IPDJ

Cimeira de Presidentes vai discutir modelo de financiamento do IPDJ

A Confederação do Desporto de Portugal vai realizar mais uma edição da Cimeira de Presidentes, no próximo dia 07 de julho, no Hotel Meliá Aeroporto, em Lisboa, uma iniciativa que reúne os líderes das federações desportivas nacionais para discutir mais um tema central...

Projeto Erasmus+: European Youth and Sport Together

Projeto Erasmus+: European Youth and Sport Together

O desporto desempenha um papel vital no desenvolvimento dos jovens, não apenas apoiando o seu bem-estar físico e mental, mas também servindo como plataforma para inclusão social, engagement democrático, empoderamento e aquisição de habilidades. Mas como podemos...