Artur Agostinho, um dos nomes mais conhecidos da Comunicação Social e do Desporto, morreu aos 90 anos, depois de ter dado entrada há cerca de uma semana no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Nascido em Lisboa, em 25 de Dezembro de 1920, Artur Fernandes Agostinho, começou por ser locutor amador, tendo ingressado na antiga Emissora Nacional com 25 anos. A partir daí iniciou uma carreira diversificada de homem da rádio, jornalista, publicitário, actor de cinema e figura da televisão.
Foi no Desporto que Artur Agostinho ganhou notoriedade através dos relatos feitos aos microfones da Emissora Nacional, destacando-se as coberturas de edições da Volta a Portugal em bicicleta, do Mundial de Futebol de Inglaterra, em 1966, e dos jogos internacionais de futebol da selecção e dos clubes portugueses.
Artur Agostinho foi director do jornal “Record” entre 63 e 74. Com o 25 de Abril deixou Portugal e trabalhou, entre outros locais, no Brasil. O regresso à rádio portuguesas foi feito na Renascença, tendo depois passado pela Rádio Comercial.
No cinema, ficaram na memória as participações de Artur Agostinho em filmes como “Capas Negras”, o “Leão da Estrela” ou “Cantiga da Rua”.
Na televisão esteve à frente de diversos concursos transmitidos pela RTP e, nos últimos anos, tinha participado em diversas novelas.
Em Dezembro passado foi agraciado pelo Presidente da República com a comenda da Ordem Militar de Santiago da Espanha.
Artur Agostinho foi recentemente distinguido pela CDP, ao ser escolhido para integrar a lista das cem figuras do Desporto dos últimos cem anos, a propósito das comemorações do centenário da República.
A Confederação contou também com Artur Agostinho como apresentador da VIII Gala do Desporto, realizada em 2003.
À família enlutada e à direcção do jornal “Record”, a CDP apresenta sentidas condolências e destaca a figura de um português ilustre que muito contribuiu com a sua actividade e talento para a promoção do Desporto e para a valorização dos desportistas portugueses.
