CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
prof_carlos_cardosoA confirmação de que o Tratado de Lisboa não violava nenhum dos artigos da lei fundamental da República Checa deu oportunidade à Europa de ver removido o último escolho que, até agora, impedira a ratificação de um documento clarificador das suas políticas.
Longe, o mais longe possível, das querelas dos maus políticos que tantas e tantas vezes se colocaram no seu caminho usando-o, boicotando-o em suma prejudicando-o, o desporto espera, há muitos, muitos anos (ainda a UE era CEE) por um tratado que reconheça a sua existência de pleno direito no seio da Comunidade.

Por acaso o reconhecimento vai acontecer num tratado que se chama de Lisboa, o que para nós portugueses sempre quer dizer mais alguma coisa, mas deveria ter sido em Amesterdão (1997) ou Nice (2001) onde foram dados os primeiros inconsequentes passos, nos quais, embora reconhecendo que o desporto representa o mais vasto movimento social no seio da UE, foram incapazes de lhe dar futuro.

Para preparar esse futuro realizou-se, sob os auspícios da Confederação do Desporto, na passada semana, um fórum denominado “European Sports Future” em que cerca de uma centena de representantes da UE, do Parlamento Europeu, do Conselho da Europa, organizações ligadas ao desporto para todos, representantes de comités olímpicos e de confederações do desporto, debateram um conjunto de temas que, os actuais membros da Comissão Europeia, pretendem deixar como legado para aqueles que entrarão em breve em funções.

A política de saúde relacionada com a vertente desportiva, a política de desporto e educação, o emprego o voluntariado e o papel do desporto na sociedade fizeram parte das recomendações inseridas na denominada “Declaração de Lisboa”. 

Estes tem sido, na ausência de uma politica desportiva, os temas “caros” à Comissão Europeia. Representam componentes importantes da contribuição, do desporto, para o bem-estar dos cidadãos, mas ficam um aquém das expectativas do movimento associativo desportivo.

Lutar pelo pleno reconhecimento do trabalho, e ter direito a apoio para o prestarem cada vez melhor, realizado em toda a Europa por federações continentais e nacionais ou clubes, será o próximo passo.

Fonte: CDP/A Bola 04/11/2009

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