CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL
carlos_cardosoBem em contraciclo com o atletismo, que atravessa um verdadeiro período de férias, o desporto português, nomeadamente algumas questões bem marginais, está ao rubro!
Há uma dúzia de anos por ocasião da 4ª edição do Campeonato do Mundo de Estafetas em Estrada, que teve lugar em Manaus, aproveitei para visitar uma das mais belas maravilhas da natureza: as cataratas de Iguaçu.

Estando longe dos grandes centros, o percurso aéreo até Manaus teve várias paragens em cidades bem do interior brasileiro (Porto Velho, Rio Branco etc.), em Estados onde a lei têm características muito próprias.

Em cada escala recebíamos a imprensa local, a qual invariavelmente tinha, como “apresentação”, na capa, o relato de, pelo menos, um par de crimes violentos. Imagens que impressionavam mas que não representavam a verdadeira imagem do Brasil.

O desporto português, felizmente, também não é só confusão mas até parece perante o espaço “nobre” proporcionado na comunicação social a casos que de tão exaustivamente tratados até se tornam tão mediáticos, encobrindo, completamente, o que de muito bom acontece como, por exemplo, as diversas medalhas conquistadas, nos últimos dias, por atletas nacionais.

Na segunda-feira, a RTP, em horário nobre, ofereceu sucessivamente uma entrevista com o ex-seleccionador nacional e continuou no tema no programa “Prós e Contras”, onde alguns intervenientes tiveram oportunidade de mostrar como desconhem a legislação!

A Confederação do Desporto de Portugal conferiu, há alguns anos, muito justamente, o seu mais alto galardão, a Carlos Queiroz, pelo seu notável trabalho nos escalões mais jovens, com resultados que todos admiram. Carlos Queiroz mostrou, em muitos momentos da sua carreira, ser um notável condutor de jovens e educador.

O Carlos Queiroz daquela manhã “fatídica” na Covilhã não foi o educador que eu e muitos portugueses pensavam. O vernáculo não é, nem pode transformar-se, na linguagem do futebol. Se assim for é melhor acabar com as dezenas de escolinhas espalhadas pelo país pois não estarão a cumprir cabalmente a sua função como veículos formadores. Elas só podem ser importantes instrumentos de formação se o forem em todas as vertentes.

Fonte: CDP/A Bola 15/09/2010

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